quinta-feira, 6 de maio de 2010


Auto da Barca do Inferno é uma complexa alegoria dramática de Gil Vicente, representada pela primeira vez em 1517. É a primeira parte da chamada trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são respectivamente o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória).
Os especialistas classificam-na como moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do século XVI, embora alguns dos assuntos que cobre sejam pertinentes na atualidade.
Diz-se "Barca do Inferno", porque quase todos os candidatos às duas barcas em cena – a do Inferno, com o seu Diabo, e a da Glória, com o Anjo – seguem na primeira. De facto, contudo, ela é muito mais o auto do julgamento das almas.




Gil Vincente
Gil Vicente (1465? — 1536?) é geralmente considerado o primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de renome. Há quem o identifique com o ourives, autor da Custódia de Belém, mestre da balança, e com o mestre de Retórica do rei Dom Manuel. Enquanto homem de teatro, parece ter também desempenhado as tarefas de músico, actor e encenador. É frequentemente considerado, de uma forma geral, o pai do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico já que também escreveu em castelhano - partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com Juan del Encina.
A obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e da passagem da
Idade Média para o Renascimento, fazendo-se o balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem social eram regidas por regras inflexíveis, para uma nova sociedade onde se começa a subverter a ordem instituída, ao questioná-la. Foi, o principal representante da literatura renascentista portuguesa, anterior a Camões, incorporando elementos populares na sua escrita que influenciou, por sua vez, a cultura popular portuguesa.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Diferença entre texto dramático e o texto teatral

O texto dramático designa-se, em princípio, a ser representado.

O texto dramático divide-se em:

Actos - grandes momentos da peça, que exigem geralmente a interrupeção da representação. Não raras vezes, muda-se de cenário d um acto para o outro.

Cenas - pequenos momentos da peça; muda-se de cena quando entram ou saem personagens.

No texto dramático, importa ainda considerar a

Didascália - texto secundário que nos dá indicações sobre cenários; caracterização, movomentação e atitudes das personagens; guarda-roupa, iluminação e música.

quinta-feira, 25 de março de 2010

As personagens desta obra são divididas em dois grupos: as personagens alegóricas e as personagens – tipo. No primeiro grupo inserem-se o Anjo e o Diabo, representando respectivamente o Bem e o Mal, o céu e o Inferno. Ao longo de toda a obra estas personagens são como que os «juízes» do julgamento das almas, tendo em conta os seus pecados e vida terrena. No segundo grupo inserem-se todas as restantes personagens do Auto, nomeadamente o Fidalgo, o Onzeneiro, o Sapateiro, o Parvo (Joane), o Frade, a Alcoviteira, o Judeu, o Corregedor e o Procurador, o Enforcado e os Quatro Cavaleiros. Todos mantêm as suas características terrestres, o que as individualiza visual e linguisticamente, sendo quase sempre estas características sinal de corrupção.
Fazendo uma análise das personagens, cada uma representa uma classe social, ou uma determinada profissão ou mesmo uma crença. À medida que estas personagens vão surgindo vemos que todas trazem elementos simbólicos, que representam os seus pecados na vida terrena e demonstram que não têm qualquer arrependimento pelos mesmos. Os simbolos cénicos de cada personagem são:
• Fidalgo: um manto e pajem (criado) que transporta uma cadeira de espaldas. Estes elementos simbolizam a opressão dos mais fortes, a tirania e a presunção do moço.
• Onzeneiro: bolsão. Este elemento simboliza o apego ao dinheiro, a ambição , a ganância e a usura.
• Sapateiro: avental e formas de sapateiro. Estes elementos simbolizam a exploração interesseira, da classe burguesa comercial.
• Parvo: não traz símbolos cénicos, pois tudo o que fez na vida não foi por maldade. Esta personagem representa a inocência e a ingenuidade.
• Frade: Uma Moça (Florença),uma espada, um escudo, um capacete e o seu hábito. Estes elementos representam a vida mundana do Clero, e a dissolução dos seus costumes.
• Alcoviteira:Virgo postiços,arcas de feitiços,almários de mentir, jóias de vestir, guarda-roupa, casa movediça, estrado de cortiça, coxins e moças. Estes elementos representam a exploração interesseira dos outros, para seu próprio lucro e a sua actividade de alcoviteira ligada à prostituição.
• Judeu: bode. Este elemento simboliza a rejeição à fé cristã, pois o bode é o simbolo do Judaísmo.
• Corregedor e Procurador: processos, vara da Justiça e livros. Estes elementos simbolizam a magistratura.
• Enforcado: não traz elementos cénicos, mas em todas as ilustrações ele carrega a corda com que fora enforcado, que significa a sua vida terrena vil e corruptível.
• Quatro Cavaleiros: cruz de Cristo, que simboliza a fé dos cavaleiros pela religião católica.
Hoje é a nosso última aula de AP/TIC do 2º período. Estivemos a fazer a auto-avaliação e a dar o nosso CD com a informação do nosso trabalho que realizamos. Agora vamos ver como estão as nossas gravaçoes e verificar o que temos de melhorar para no 3º período só juntarmos tudo e fazermos o trabalho final para apresentar.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Actualizações

Hoje vamos gravar as coisas que não ficaram tão bem não última vez.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Resumo da peça




Embora o Auto da Barca do Inferno não integre todos os componentes do processo dramático, Gil Vicente consegue tornar o Auto numa peça teatral, dar unidade de acção através de um único espaço e de duas personagens fixas " diabo e anjo".
A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa.

Estrutura

O auto tem uma estrutura definida, não estando dividido em actos ou cenas, por isso para facilitar a sua leitura divide-se o auto em cenas à maneira clássica, de cada vez que entra uma nova personagem.


http://moodle.ag-sg.net/file.php/1/auto_barca_inferno.jpg

quinta-feira, 4 de março de 2010

gravações..

Neste momento já começamos a fazer as primeiras gravações.
Está a correr tudo bem.
O nosso teatro consiste em utilizar o muito conhecido teatro de gil vicente "O auto da barca do inferno"
depois contamo-vos mais coisas.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Neste último tempo não temos actualizado o blog e pedimos desculpas por isso.
Já fizemos um powerpoint com toda a informação recolhida e neste momento estamos a elaborar um guião.
No dia 18 vamos começar a gravar.